domingo, 8 de fevereiro de 2015

Meu pequeno anjo da guarda.

    


    Lembro do momento em que o telefone tocou e eu atendi, passei-o para minha mãe e a curiosidade de uma criança pequena despertou em mim, fiquei ouvindo a conversa. De repente o mundo desabou e percebi que estava faltava um pedaço em mim.
    Os tempos bons que passei com ela, as comidas deliciosas que só ela sabia fazer, os enganos engraçados que cometia, como colocar pimenta em vez de canela no doce de banana, mas me passa também os momentos tristes, como o fato de eu não ter podido me despedir e ver seu caixão sendo fechado para nunca mais ver seu lindo rosto.
    Minha vó era o que eu tinha de mais importante, era meio maluca, atrapalhada, mas uma boa pessoa e com uma alma extremamente pura. Sempre me dizia que quando as pessoas falecem, elas viram pequenos anjos, quando a vida esvaiu-se dela, ela virou meu pequeno anjo, meu pequeno anjo da guarda, mas me arrependo de nunca ter dito o quanto a amava uma última vez.

Por: Nathália Marques.

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